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Com açúcar e com afeto: um clássico do natal renovado

21/12/2020No commentsVanessa De Felice

Olá, tudo bem? Vanessa, aqui! Hoje venho com uma receita muito afetiva para mim. Final de ano chegando e com o afastamento social sei que muita gente vai passar as festas longe da família. Então resolvi postar uma receita que aquece o coração e adoça o paladar. Sei que ela não é uma unanimidade (tipo as passas no arroz), mas, com certeza, é um clássico nas festas de final de ano. Principalmente para quem tem ascendência portuguesa, como eu.

Sim! Estou falando da rabanada!

Eu a-m-o rabanadas. De  verdade! Para mim o fim de ano só é fim de ano por causa delas. Quando criança, já queimei muito a língua roubando as rabanadas logo depois de fritas (o melhor jeito de comê-las). Já deixei de comer muita coisa no natal só para poder ficar com os dedos sujos de açúcar e canela e a barriga cheia. Mas, infelizmente, também já provei muitas rabanadas mal feitas. Não gosto nem de lembrar… Hoje em dia, em qualquer festa de fim de ano que eu vá, a rabanada é a minha contribuição! Acho, de verdade, que esse doce é um dos grandes motivadores do meu interesse pela cozinha. 🙂

O que mais gosto na rabanada é a simplicidade da receita que, muito provavelmente, surgiu em alguma casa com poucos ingredientes e muita criatividade. Se paramos para analisar, a rabanada está presente em diversas versões pelo mundo afora. É chamada de French Toast (torradas francesas) pelos americanos e ingleses, Pain Perdu (pão perdido) pelos franceses e, também de Fatias de Ovos ou Fatias Douradas pelos portugueses. Imagino que, pesquisando muitos nomes e receitas serão encontradas. E acho isso uma verdadeira maravilha da culinária popular e afetiva. Sempre tem um segredinho ou forma de fazer pra se compartilhar!

Essa receita foi sendo aperfeiçoada ao longo do tempo e cada ano eu mudo uma coisinha aqui e outra ali, mas a base dela continua a mesma. Em 2014, quando ainda não era vegana, na busca pela rabanada perfeita, encontrei esse vídeo da Danielle Noce. Não é uma receita vegana, mas me serviu de base para trabalhar a receita que apresento hoje aqui. E esse é um ponto muito importante para quem quer veganizar receitas. Vale estudar as receitas tradicionais/clássicas não veganas e entender o que fazem elas serem o que são. Muitas vezes, não e só substituir ingredientes de origem animal… É preciso de fato entender a receita e seus ingredientes. Por isso, nós, cozinheiras veganas, temos que estudar muito e sempre!

Eu trabalhei a receita e a fui veganizando aos poucos, testando bem a receita para chegar num sabor que ficasse imbatível, pois sabia que a comparação com a receita original seria inevitável. Ficava imaginando como seria uma rabanada com leite de macadâmia ou amêndoas… Ou com caramelo no lugar do leite condensado…  E, entre erros e acertos, cheguei nessa versão e descobri que o principal segredo é agregar sabor ao leite vegetal.

Ahhh, e sobre os leites vegetais, se não quiser comprar pronto, aqui no blog tem várias receitas muito boas, a mais recente delas é a de leite de arroz, que a Cássia postou. Mas, você também encontra outras receitas:

  • Leite de Amêndoas (cremoso)
  • Leite de Coco
  • Leite de Castanha de Cajú
  • Leite de Pistache, Aveia e Especiarias

Esse último deve ficar uma loucura na rabanada! Mas esses são só alguns dos leites vegetais que você pode encontrar por aqui! Se joga!

Mas, chega de papo e vamos pra receita, né? Anote aí e me marque no Instagram se a fizer, ok? Vou amar ver todo mundo comendo rabanadas veganas neste fim de ano!

Rabanada Vegana

Ingredientes:

  • 2 litros de leite vegetal (poder ser o que você mais gostar)
  • 1/2 xícara de açúcar (juro que não fica doce demais!)
  • 1 fava de baunilha (pode ser 2 col de chá essência ou 1 de extrato)
  • Raspas de laranja (quanto mais melhor!)
  • Gengibre fresco ralado (a gosto, pois é bem forte!)
  • 1/4 de xícara de vinho do porto ou conhaque (opcional)
  • 2 pães de rabanada (quanto mais envelhecidos, melhor!)
  • 1 litro e meio de óleo
  • 2 xícaras de açúcar de confeiteiro para polvilhar (eu prefiro, mas pode ser o comum ou cristal)
  • Canela em pó a gosto (eu uso muuuuuita!)

Modo de Preparo:

  • Numa panela grande, coloque o leite vegetal de sua escolha e misture o açúcar, a baunilha, as raspas de laranja e o gengibre. Misture bem, coloque em fogo médio-baixo e deixe ferver.
  • Depois de fervido, deixe esfriar a leite e acrescente o vinho do porto (ou conhaque). Misture bem e o leite aromatizado vai ganhar uma cor linda! Esse passo é completamente opcional, pois sei que tem gente que não gosta de colocar bebida alcoólica em receitas.
  • Uma dica: prefiro fazer o leite aromatizado no dia anterior de fritar as rabanadas, pois dá tempo pros óleos essenciais serem liberados.
  • Corte as fatias grossas do pão.
  • Aqueça o óleo. Ele deve estar bem quente para iniciar a fritura.
  • Mergulhe o pão no leite e deixe que o absorva um pouco, mas não muito. Se precisar, aperte um pouquinho o pão para tirar o excesso de leite, mas sem exagero para  não ficar aquela rabanada achatada e/ou muito seca. Algumas pessoas gostam de passar as fatias de pão em uma mistura de amido de milho com água para fazer aquela “casquinha do ovo”, mas acho esse passo muito trabalho para um resultado pouco efetivo. Então, deixo a critério de vocês fazê-lo ou não.
  • Depois frite imediatamente! Assim você garante que ela ficará macia (e levemente molhada)  por dentro e sequinha por fora. Faça todo o processo com calma. No máximo duas (ou três) rabanadas por vez. Sim, dá trabalho! Mas, você receberá a recompensa no final, acredite. 🙂
  • Retire do óleo e deixe secar em papel absorvente. Vá colocando novas camadas de papel a cada três ou quatro rabanadas. Assim, você garante que o doce fique sequinho.
  • Passe na mistura de açúcar de confeiteiro com canela.

Eu adoro comer as rabanadas assim que saem do óleo quente… deixo esfriar o suficiente para não queimar a língua e os dedos, claro! Uma técnica desenvolvida ao longo de muitos anos de rabanadas roubadas na cozinha da casa dos meus pais. E, está aí nessa memória uma das maiores declarações de amor que minha mãe sempre me fez… Ela não gosta de cozinhar, apesar de o fazer muito bem, mas nunca deixou de fazer rabanadas para mim no final de ano… Mãe é mãe, né? 😍😍😍

Então, com essa memória linda, encerro meu post e desejo a vocês um final de ano cheio de amor e esperanças renovadas. Tomem os devidos cuidados nas festas, cuidem dos seus e evitem aglomerações. Ainda não estamos livres da pandemia. Quanto mais nos resguardarmos agora, mais teremos um 2021 seguro.

Beijos e até ano que vem!

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Oi! Tudo bem? Essa aí ao lado sou eu, Vanessa, ou simplesmente Van, como muitos me chamam. Sou vegana, cozinheira e colaboradora do Chubby Vegan. Sou graduanda em gastronomia e um dos meus objetivos é proporcionar a todos uma experiência vegana saborosa, colorida e democrática. Quer saber mais sobre mim? Clique aqui. 😊

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